EMOCIONANTE! Pai do menino encontrado morto disse que a esposa e os filhos escaparam de suas mãos!

O sírio Abdullah Kurdi, pai do menino de três anos Aylan Kurdi e Gailan, que morreram afogados ao tentarem fugir da guerra do seu páis, relatou como aconteceu o acidente que levou toda sua família.

Uma imagem do corpo de um menino, vestindo uma camiseta vermelha e bermuda, com o rosto afundado na areia, chocou o mundo e estampou jornais de todo o mundo nesta quinta-feira, gerando indignação pela falta de ação de países desenvolvidos na ajuda a refugiados. 
O pai Abdallah foi o único sobrevivente da família Kurdi. O filho Aylan, Galip e mãe das crianças Rehan de 35 anos ,  também estão entre as ao menos 12 pessoas, incluindo outras crianças, que morreram depois que dois barcos colidiram enquanto tentavam chegar à ilha grega de Kos.
Abdullah disse que pagou duas vezes aos traficantes para levar ele e sua família à Grécia, mas as tentativas falharam. Ele então decidiu encontrar um barco e remar sozinho, mas a embarcação começou a encher de água e virou quando as pessoas entraram em pânico.
"Eu estava segurando a mão de minha esposa. Mas meus filhos escaparam das minhas mãos. Tentamos nos segurar no barco, mas ele estava esvaziando. Todos estavam gritando no escuro. Não consegui fazer com que minha voz fosse ouvida por minha esposa e filhos", disse ele. 

De acordo com Abdullah, 16 membros da família que combatiam o grupo Estado Islâmico (morreram em Kobani, palco de enfrentamento entre os extremistas e as forças curdas, onde os Kurdi moravam. Seu desejo agora é enterrar sua esposa e os dois filhos ao lado dos parentes e não sair mais da Síria pois também quer ser enterrado ao lado deles.

Apelo do Pai
"Queremos a atenção do mundo sobre nós, para prevenir que isto aconteça com outros. Que esta seja a última vez", declarou Abdullah. "Quero que o mundo inteiro nos escute e veja aonde chegamos tentando escapar da guerra. Vivo um grande sofrimento. Faço esta declaração para evitar que outras pessoas vivam o mesmo."
"Recebi uma oferta do governo do Canadá para morar lá, mas depois do que aconteceu não quero ir. Minha vontade de viver lá era dar um lar melhor para minha família poder viver em paz. Agora levá-los a Suruç e depois a Kobani, na Síria. Passarei o resto da minha vida lá", contou. "Só quero ver meus filhos pela última vez e ficar para sempre com eles.
Antes da tragédia, a família haviam pedido asilo no Canadá, onde vivem parentes da família, mas a solicitação foi negada. Esse era o destino desejado pela família.
 


Fonte: Dailymail